Coleção IPSIS

de Fotografia Brasileira

Elza Lima

Fotografa desde 1984. Dirigindo o olhar ao homem ribeirinho do Baixo Amazonas, participou do Projeto Fotoativa / Cidade Velha, de documentação do núcleo histórico da Cidade de Belém, no ano de 1985;

Em 1987 atuou no PROJETO AÇÃO CULTURAL E PEDAGÓGICA, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura/SEMEC, com a finalidade de interação Escola-comunidade, cabendo ao Centro de Recursos Audiovisuais da Amazônia/CRAVA, ao qual Estava vinculada, a implantação do projeto na área visual;

Prêmio José Medeiros. Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro 1991;

3º Prêmio Nikon Internacional Photo Contest, Japão 1993;

Bolsista do KUNSTMUSEUM DES KANTONS THURGAU, na Suíça, de abril a novembro de 1995;

Ganhou, em 1996, a bolsa Marc Ferrez (FUNARTE) com o tema “Rota d’água”, viagem pelo Rio Trombetas, registrando os quilombolas da região;

Entre os anos de 1996 e 1999, visitou oito tribos indígenas dos Estados do Pará e Maranhão documentando o modo de vida das comunidades tradicionais. O projeto foi desenvolvido em convênio com a Fundação Nacional do índio (FUNAI);

Em 1997 participou da publicação Brasil Bom de Bola, que documentou as “peladas” em várias regiões brasileiras com 11 fotógrafos e escritores, como Manuel Barros, Patativa do Assaré, dentre outros;

Em 1999 documentou, juntamente a Ed Viggianii, Antonio Augusto Fontes, Celso Oliveira e Tiago Santana, as fronteiras do Brasil, trabalho que resultou em publicação homônima.

Ganhou, 1999, a bolsa Vitae, com “Viagem ao Cuminá”, refazendo 100 anos depois, a viagem da Cartógrafa Otille Coudreau, primeira mulher a fotografar a Amazônia;

Em 2003, ganhou a bolsa pesquisa do Instituto de Artes do Pará para realizar pesquisa do Rio Nhamunda, lendário pela suposta existência das “Amazonas” na viagem de Francisco Orellana, durante a descoberta do rio homônimo. Pesquisa que continua inédita precisando da segunda etapa para ser concluída;

Em 2010, ganhou o XI Prêmio Funarte Marc Ferrez de fotografia com o tema “O Lago da Lua ou Yaci Uaruá- As Amazonas do Rio Mar” Este projeto propôs uma expedição que percorreu o Rio Nhamundá, partindo de Oriximiná, visitando os municípios de Nhamundá, Juruti, Faro e Terra Santa, com a finalidade de captar imagens de mulheres arrimo de família, e registrar como se preserva a lenda das mulheres guerreiras na memória destas comunidades. Fazendo uma suposição de que se Orellana descobrisse nos dias de hoje o rio mar que tipo de Amazonas, ele encontraria;

Em 2013, foi contemplada pela 12º edição da Bolsa de Criação, Experimentação, Pesquisa e Divulgação Artística do Instituto de Artes do Pará;

O projeto “À Deriva” começou a ser pensado em 2010, durante uma viagem de barco iniciada em Santarém, que percorreu os rios Amazonas, Trombetas e Nhamundá, até alcançar a divisa entre o Pará e o estado do Amazonas. Era o momento de uma das maiores secas. Presenciar aquela inóspita paisagem mudou radicalmente minha estrutura e perceptiva da região do Grande Rio, o qual percorro há 25 anos;

A fotografia é hoje uma ferramenta política e social de extrema importância para entender o mundo em que vivemos. Este trabalho objetiva traduzir em imagens, minhas preocupações sobre o destino da Amazônia, propondo a utilização de suportes que permitam um diálogo simbólico, subjetivo e crítico com o espaço onde se desenvolve minha pesquisa. 

Atualmente é fotógrafa da Secretaria Executiva de Cultura do Estado do Pará e desenvolve trabalho de documentação das manifestações culturais na região conhecida como Baixo Amazonas, no estado.

http://www.elzalima.com.br/

Ficha Técnica

Volume 5:  Elza Lima
Realização: Ipsis Gráfica e Editora
Curadoria: Eder Chiodetto
Projeto Gráfico: Fernando Moser
Formato: 138x158  / capa dura / 204 páginas / Papel Magno Matt 150grs
Impressão no processo Ipsis / FullBlack®

"Olhar a cidade. Perscrutá-la por cima, por baixo, em seus interstícios. Percebê-la na sua grandiosidade épica e nos seus detalhes quase insignificantes. Entendê-la como a somatória de tempos, histórias, embates políticos e econômicos, crenças e sobreposição de ideias que rabiscam e transformam continuamente o território."

Eder Chiodetto, curador

Ipsis